quinta-feira, 17 de março de 2011

Contos de Fada - Parte 2


“Feliz para sempre” era estratégia de marketing dos contadores de histórias.


Ué, acha estranho? O contador deixava os ouvintes com aquele ar de “quero mais”, dizendo isso. Ao mesmo tempo, faziam todos se sentirem bem, ao saber que todos ficaram bem para todo o sempre. O produto é muito interessante, não acha? Pois bem, os vinte primeiros que ligarem agora vão ganhar uma surpresa incrível:

Um post meu no blog.

Eu sei que semana passada eu não coloquei nada aqui. Graças a muita fumaça, não consegui digitar nada. Eu explico isso outro dia. Teve carnaval também, mas isso não é importante.

O que importa é o “feliz para sempre”, dos contos de fada. Afinal... O que é “pra sempre”? Qual era a percepção de “eternidade” que as pessoas dos séculos anteriores possuíam? Vamos relativizar isso, colocando novamente meus devaneios sobre contos de fada.

Chapeuzinho Vermelho





Soleil, uma ladra lendária. Soleil, uma mulher inalcançável. Soleil, um mito. Durante anos, a jovem sabotou e saqueou todos os locais do reino de Nu-Tih-Teressa. O mais interessante era o fato dela possuir apenas 17 anos de idade. O rei - desesperado e orgulhoso - mandou uma carta para um reino vizinho, pedindo reforços.
Foi então que um guerreiro poderoso chegou ao local.



David, o caçador de bruxas.

Tudo bem, a história se passa depois da inquisição, mas David é conhecido por matar bandidos e fora-da-lei com precisão fantástica. As lendas dizem que existiam ladrões tão sagazes que pareciam bruxos. Por isso, a alcunha de David.

Foi então que Soleil voltou para sua guilda de ladrões liderada pela lendária Vovó, Uma senhora sábia e muito gananciosa. Lá, elas planejaram o próximo roubo. Disse para Soleil tomar uma rota curta e muito simples, invadir o castelo do rei, pegar sua coroa e voltar com o item em mãos.

O problema era o fato de David falar com lobos e ser adestrador. Isso permitiu ao mesmo colocar vários lobos ao redor do castelo e em todas as rotas de acesso.

Durante a noite, Soleil tomou a rota. Rapidamente, um lobo tentou atacá-la. Esperta e ágil, a ladra acertou o mesmo com um machado. Depois, aniquilou todos os lobos.



Rápida como o preparo de um miojo, a ladra correu pela rota, até que encontrou David no caminho. O caçador ficou realmente impressionado pelo fato de uma menina tão jovem ser capaz de matar tantos lobos.
O problema é que David era um matador de aluguel e estava acostumado a caçar pessoas de beleza peculiar, como:



Logo, quando viu uma menina tão bela, não conseguiu carregar sua arma. Disse para ela tomar outra rota, pois havia se arrependido de ter tentado matá-la.

Enquanto isso, o rei desconfiava da competência de David. Decidiu colocar alguns soldados pela outra rota. Obviamente, isso causou um encontro entre Soleil e dezenas de guardas. O ataque surpresa foi fatal. Flechas voaram do meio das árvores, e Soleil caiu no chão depois de desviar de algumas. Recebeu mais uma flechada e um golpe de espada. Começou a agonizar. Antes de morrer ela pensou como Gabriel o Pensador: “Essa tribo é atrasada demais. Eles querem acabar com a violência, mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz.”. Ela também pensou “Porque ele mentiu para mim? Pensei ter encontrado alguém com bondade, mas fui enganada...”

David chegou ao local tarde demais. A menina já estava com o corpo muito prejudicado, e ele pôde apenas gritar “NÃO! NÃO MATEM A MENINA! Matá-la não vai diminuir a criminalidade do reino! NÃO!”.

Anos se passaram, e David conseguiu chegar até a guilda da Vovó. Lá, descobriu que Soleil era filha de um nobre, mas que fora abandonada na floresta porque o casal da nobreza não queria uma filha menina. Queriam um filho menino, para governar um reino. Sem saída, Soleil cresceu sem apoio paterno, criada “pela vida”. Um dia, virou uma ladra.
David entrou para a guilda de ladrões, e até hoje busca uma forma de se vingar do rei e de esquecer que “matou” Soleil.
Ninguém viveu feliz pra sempre. Na verdade, David vive amargurado, e tem pesadelos freqüentes com a morte da menina.


Cinderela



Censura. Ditadura. Escravidão.

Cinderela está acostumada a este tipo de coisa desde que nasceu. Não se lembra desde quando, mas sempre foi assim. Foram 17 anos trabalhando para a rainha. Todos tinham que trabalhar no mínimo 14 horas por dia. No caso de Cinderela, sua função era limpar. Limpava chão, parede, janela, roupas. Apesar disso, vivia suja. O reino era governado por três pilares. Uma mulher e suas duas filhas, tão feias que pareciam ter sido espancadas pelo Chris Brown. A mulher era chamada de Madame Drasta. Suas filhas, Jaburu e Tribufu.

Nem todos eram escravos. Havia uma espécie de resistência rebelde, contra as forças do país. Um homem considerado tão belo como um ator de comercial de creme de barbear era o líder dos rebeldes. Esse homem era chamado de Tom Bin.



Eles faziam pequenos ataques ao reino e sempre conseguia libertar alguns escravos. Esses ataques estavam destruindo o governo autoritário de Madame Drasta.

Com medo de perder seu poder, Madame Drasta decidiu fazer um campeonato. Os escravos iriam lutar numa espécie de Mortal Kombat. O vencedor teria direito à liberdade, além do direito de escolher mais quatro escravos para serem libertados. Isso diminuiria o ódio contra a Rainha, e aumentaria o ódio entre os escravos.

Tom Bin ficou sabendo do torneio através de seus informantes do reino. Com o surgimento desse campeonato, resolveu criar uma estratégia: Libertar alguns escravos e colocar rebeldes no lugar deles. Dessa forma, poderiam criar um ataque interno e começar uma revolução.

Foi aí que Tom Bin conheceu Cinderela. A bela moça limpava a rua principal da cidade, quando ele - revelando seu disfarce - propôs que ela treinasse com ele, para se tornar uma lutadora eficiente e vencer o torneio. Disse a ela treinaria até a meia noite, todos os dias, a arte marcial da abóbora gigante.

Rapidamente, Cinderela aceitou a proposta e começou a treinar secretamente como se não houvesse amanhã! Ao fim de três meses, sentia-se pronta para vencer o torneio...

...E foi isso que aconteceu! No mesmo momento da vitória final, todos os rebeldes infiltrados começaram a atacar as forças do reino, e então Madame Drasta ficou encurralada.

Nesse momento, surgiu um ser ao lado de Cinderela. Ela não sabia o que era, mas parecia estar envolto de uma luz muito intensa. Da silhueta veio a voz, que disse:

“Está na hora de libertar os escravos, assim como a Madame Drasta disse. São quatro escravos, não é?”

Cinderela rapidamente criou consciência do acontecimento. Sabia quem ela deveria libertar. Disse algumas palavras:

“Madame Drasta, eu liberto você e suas filhas. Vocês três estão presas a essa forma de poder, estão alienadas dentro de seu próprio autoritarismo. Foram criadas nesse meio por toda a vida, e agora não conseguem pensar de outra forma.”

Tom Bin abriu a boca de uma forma tão grotesca que o queixo abriu uma ruptura no solo. Logo depois, Cinderela continuou.

“O quarto a ser libertado é você, Tom. Suas obsessões por guerra e revolução fizeram o seu coração endurecer, e você se esqueceu até mesmo de coisas tão simples...”

Cinderela se aproximou, e deu um beijo em sua testa

“...Como o amor.”

Dito isso, Cinderela começou a andar por aí. Madame Drasta, Jaburu e Tribufu foram viver no campo. Os escravos fizeram um novo país anarquista e voador, junto com os rebeldes.

Dizem que depois disso, Cinderela comprou até um sapatinho de cristal, pra combinar com uma roupa que ia usar na festa da nobreza de um príncipe, que morava num país distante. Dizem que ele ia se casar com uma mulher chamada Branca de Neve.

Dizem também que Tom Bin foi feliz para sempre e virou pianista.




Até semana que vem, e desculpe pelo atraso.


Nenhuma das imagens é de minha autoria

2 comentários:

  1. Porra que noob... ela corre essa rotinha e ela todos os 3 minutos =x XD
    E ja sei porque o Gil sumiu=x
    E ficou foda a Cinderela casar com uma mulher HUAHUAHUAUUAH

    PS: Me passa o endereço da comunidade dos escravos.. to afinzão de ver de perto XD

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  2. Lance livros.
    Só isso que eu digo.


    HAUAHAUAAHAUAH Amei!

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