Olá! Antes de começar, queria esclarecer sobre esse texto aqui.
Algumas pessoas concluíram - erroneamente - que eu estava falando mal da tribo emo e da tribo colorida. O texto não era sobre “o mal que eles trazem”, ou nada assim. Na verdade, o texto era sobre as pessoas que não sabem ter discernimento algum e tem a incrível capacidade de chamar os coloridos de emo, quando se percebem claras diferenças.
Bem, vamos ao texto dessa semana.
No mundo inteiro, existem dezenas e dezenas de programas com sob tema “Reality Show”. Aqui, existem uns dois ou três, mas temos um que se destaca. Sabemos muito bem o nome deles, os termos e o esquema. Uma amiga disse “fala sobre o BBB”... Quando na verdade, o que me incomoda não é o programa.
O problema é quem assiste.
A programação da TV sempre esteve lá. Algumas emissoras transmitem coisas consideradas ruins, chatas, boas, divertidas... A variedade televisiva de hoje em dia é incrível. A escolha de assistir é do telespectador. Existe quem assiste a programas de esportes e existe quem assiste a programas sobre a história do Império Romano...
E existe quem gosta de Reality Show.
O público brasileiro que se denomina como “intelectual” ou “Cult” diz que odeia Reality Shows com todas as suas forças, pois funciona como uma máquina de alienação. Isso é uma falácia das grandes. É generalizar demais.
Geralmente, esses “intelectuais” relacionam todos os “Reality Shows” com o Big Brother. Eles ignoram - propositalmente ou não - a existência de todos os outros, pois no Brasil esse é o Reality Show que se destaca, graças aos veículos de comunicação montados em cima dele.
Não gostar do Big Brother demonstra uma opinião. Se for algo bom ou ruim, depende de pessoa para pessoa. Aliás, opinião é algo muito importante.
Se você odeia o Big Brother, considero imaturidade.
Acredito que se algo incomoda alguém, é porque o mesmo tem alguma força. Se uma pessoa sente ódio em relação a algo, é porque de alguma maneira, considera isso como importante.
Sinceramente... Você considera o Big Brother algo importante?
Medo de você.
Pra mim, é muito pior quem assiste. O ser humano é capaz de gastar 50 reais votando no paredão, mas não tem um agasalho pra doar para quem teve os pais mortos numa chuva.
Falando nisso, uma chuva dessas aconteceu recentemente, não?
O ser humano se lembra de quem votou no paredão, mas não se lembra o nome do deputado estadual que votou.
O povo brasileiro ao menos sabe que o Big Brother veio de um livro. Há quem pense que foi invenção brasileira.
Enfim, um professor de Física que eu tive, disse uma vez:
“Vocês sabem quem ganhou o Big Brother, mas não sabem nenhuma fórmula que eu ensino.”
O pessoal dizia que Física era muito chato. Eu me lembro de uma edição do Big Brother onde um dos BBBs era professor de matemática e disse que não precisava saber português.
...
...
Pasquale se revirou na tumba quando ouviu isso.
Ah, o Pasquale não morreu? Não? Droga...
Enfim, as pessoas deviam achar estranhas algumas coisas.
Estereótipos
A gostosa, o mal, o bonitão, a barraqueira, o homossexual, a pobre batalhadora, o fortão, o bonzinho. Acrescente um pouco de cada, sal a gosto, e você terá os participantes. Não entram pessoas consideradas feias pela sociedade. Quando entra, é pra fazer contraste.
O número de negros é reduzido. Em um país tão miscigenado como o nosso, porque tantos brancos, loiros, ruivos? No mínimo metade dos participantes era para ser composto por negros.
Nossos heróis
Essa semana eu comecei a faculdade e vou pra lá de trem. Eu pego o trem mais ou menos umas 6:40 e ele vem lotado. Pessoas dormindo em pé, porque a porcaria do sistema ferroviário não coloca trens em um intervalo de tempo menor. Eu estava cheio de energia, então foi tranqüilo para mim.
A maioria do pessoal está no trem desde as 6 da manhã, e terá uma jornada de trabalho que começa as 8 e termina às 18, para voltar ao trem e pegá-lo lotado novamente. Fazem isso de segunda à sexta. Alguns, ainda fazem sábado e domingo.
E você ainda vê seus heróis numa casa, fazendo academia, falando mal dos outros, ganhando dinheiro com isso e sendo chamados de heróis pelo apresentador do programa.
Votar
Para eleger as pessoas que podem mudar o país (ou piorá-lo), a pessoa vai mal humorada, com preguiça, escolhem um deputado qualquer do bairro e digitam.
Para votar no paredão, gastam uma quantidade de dinheiro bizarra e perdem tempo “eliminando” quem elas não gostam. Isso indica que as pessoas GOSTAM de alguém que habita o local.
...?
Falta de Assunto
Em todos os meios sociais, é assunto. Academias, supermercados, shopping, praças, lagos, parques, bares, lojas de roupa, campos de futebol, beco, morro, motel, naves espaciais.
Todas as pessoas de todos os lugares falam sobre Big Brother. O efeito dura até algumas semanas depois.
Egito
Lá fora... O Egito, como eu já disse antes. Aqui, jovens revolucionários que fazem faixas para homenagear seus fãs, os heróis do BBB. Pesquisando um pouco, achei na blogosfera um blog em homenagem a uma mulher que participava do programa.
Não votem em mim.
Até semana que vem.
Nenhuma das imagens é de minha autoria.