quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Reality Show

Olá! Antes de começar, queria esclarecer sobre esse texto aqui.
Algumas pessoas concluíram - erroneamente - que eu estava falando mal da tribo emo e da tribo colorida. O texto não era sobre “o mal que eles trazem”, ou nada assim. Na verdade, o texto era sobre as pessoas que não sabem ter discernimento algum e tem a incrível capacidade de chamar os coloridos de emo, quando se percebem claras diferenças.
Bem, vamos ao texto dessa semana.



No mundo inteiro, existem dezenas e dezenas de programas com sob tema “Reality Show”. Aqui, existem uns dois ou três, mas temos um que se destaca. Sabemos muito bem o nome deles, os termos e o esquema. Uma amiga disse “fala sobre o BBB”... Quando na verdade, o que me incomoda não é o programa.

O problema é quem assiste.
A programação da TV sempre esteve lá. Algumas emissoras transmitem coisas consideradas ruins, chatas, boas, divertidas... A variedade televisiva de hoje em dia é incrível. A escolha de assistir é do telespectador. Existe quem assiste a programas de esportes e existe quem assiste a programas sobre a história do Império Romano...

E existe quem gosta de Reality Show.

O público brasileiro que se denomina como “intelectual” ou “Cult” diz que odeia Reality Shows com todas as suas forças, pois funciona como uma máquina de alienação. Isso é uma falácia das grandes. É generalizar demais.
Geralmente, esses “intelectuais” relacionam todos os “Reality Shows” com o Big Brother. Eles ignoram - propositalmente ou não - a existência de todos os outros, pois no Brasil esse é o Reality Show que se destaca, graças aos veículos de comunicação montados em cima dele.
Não gostar do Big Brother demonstra uma opinião. Se for algo bom ou ruim, depende de pessoa para pessoa. Aliás, opinião é algo muito importante.
Se você odeia o Big Brother, considero imaturidade.

Acredito que se algo incomoda alguém, é porque o mesmo tem alguma força. Se uma pessoa sente ódio em relação a algo, é porque de alguma maneira, considera isso como importante.
Sinceramente... Você considera o Big Brother algo importante?



Medo de você.


Pra mim, é muito pior quem assiste. O ser humano é capaz de gastar 50 reais votando no paredão, mas não tem um agasalho pra doar para quem teve os pais mortos numa chuva.

Falando nisso, uma chuva dessas aconteceu recentemente, não?


O ser humano se lembra de quem votou no paredão, mas não se lembra o nome do deputado estadual que votou.
O povo brasileiro ao menos sabe que o Big Brother veio de um livro. Há quem pense que foi invenção brasileira.

Enfim, um professor de Física que eu tive, disse uma vez:

“Vocês sabem quem ganhou o Big Brother, mas não sabem nenhuma fórmula que eu ensino.”


O pessoal dizia que Física era muito chato. Eu me lembro de uma edição do Big Brother onde um dos BBBs era professor de matemática e disse que não precisava saber português.

...



...



Pasquale se revirou na tumba quando ouviu isso.


Ah, o Pasquale não morreu? Não? Droga...

Enfim, as pessoas deviam achar estranhas algumas coisas.
  

Estereótipos


A gostosa, o mal, o bonitão, a barraqueira, o homossexual, a pobre batalhadora, o fortão, o bonzinho. Acrescente um pouco de cada, sal a gosto, e você terá os participantes. Não entram pessoas consideradas feias pela sociedade. Quando entra, é pra fazer contraste.
O número de negros é reduzido. Em um país tão miscigenado como o nosso, porque tantos brancos, loiros, ruivos? No mínimo metade dos participantes era para ser composto por negros.

Nossos heróis


Essa semana eu comecei a faculdade e vou pra lá de trem. Eu pego o trem mais ou menos umas 6:40 e ele vem lotado. Pessoas dormindo em pé, porque a porcaria do sistema ferroviário não coloca trens em um intervalo de tempo menor. Eu estava cheio de energia, então foi tranqüilo para mim.

A maioria do pessoal está no trem desde as 6 da manhã, e terá uma jornada de trabalho que começa as 8 e termina às 18, para voltar ao trem e pegá-lo lotado novamente. Fazem isso de segunda à sexta. Alguns, ainda fazem sábado e domingo.

E você ainda vê seus heróis numa casa, fazendo academia, falando mal dos outros, ganhando dinheiro com isso e sendo chamados de heróis pelo apresentador do programa.

Votar


Para eleger as pessoas que podem mudar o país (ou piorá-lo), a pessoa vai mal humorada, com preguiça, escolhem um deputado qualquer do bairro e digitam.
Para votar no paredão, gastam uma quantidade de dinheiro bizarra e perdem tempo “eliminando” quem elas não gostam. Isso indica que as pessoas GOSTAM de alguém que habita o local.

...?
  
Falta de Assunto


Em todos os meios sociais, é assunto. Academias, supermercados, shopping, praças, lagos, parques, bares, lojas de roupa, campos de futebol, beco, morro, motel, naves espaciais.
Todas as pessoas de todos os lugares falam sobre Big Brother. O efeito dura até algumas semanas depois.

Egito


Lá fora... O Egito, como eu já disse antes. Aqui, jovens revolucionários que fazem faixas para homenagear seus fãs, os heróis do BBB. Pesquisando um pouco, achei na blogosfera um blog em homenagem a uma mulher que participava do programa.


Não votem em mim.
Até semana que vem.



Nenhuma das imagens é de minha autoria.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sexista Pamonha

Guerra dos Sexos é uma idiotice.

O pior é que sempre existiu. Já foi mais intenso: Os homens eram superiores, as mulheres “teciam tapetes esperando o guerreiro voltar”, como dizia Humberto Gessinger. Mulher não podia votar, homem não podia chorar. Homem trabalha, mulher cuida de criança e faz comida. Em algumas culturas, as coisas ainda são assim, claro.
Há muito tempo atrás, mulheres queimaram sutiãs e então todos gritaram “Viva! Igualdade!”. Algumas pessoas também lutaram pela liberdade de expressão, gritando “Igualdade! Homens choram! Mulheres votam!”

Algumas pessoas fazem o “favor” de ignorar isso. Inclusive algumas mulheres!

SP é a sigla para Sexista Pamonha. Ele está em todos os lugares do mundo, pode ser homem ou mulher e muitos deles sofrem de homofobia. Coitados, sofrem de dois problemas.
Explicar o que seria um Sexista Pamonha seria clichê e chato demais. Logo, vou exemplificar, com o meu jeito Panda de ser.


Homem não usa rosa


Sempre tem aquele cara cachaceiro que fica vendo jogo de futebol pay-per-view num bar, e diz para o seu filho que rosa é cor de menina.
Não tenho muito conhecimento de moda e prefiro não ter, apesar de que seria mais conteúdo na minha cabeça. Apesar disso não há conhecimento de moda que impeça um homem de usar a roupa que ele quiser. Os pais não deveriam criar seus filhos para seguirem um ideal do que vestir. Aposto que tem coisas maiores com o que se preocupar.

 Casinha e bonecos.


Desde pequena, a criança aprende a brincar de acordo com a divisão de tarefas. Os meninos brincam de homem-aranha, Ben 10 e Bakugan. As meninas brincam de... O que as meninas brincam hoje em dia? É, eu estou bem desatualizado.
Uma rede de fast-food oferecia como brinde, brinquedos para meninos e brinquedos para meninas. Um menino pode escolher o Ben 10, é normal que ele escolha. Até porque o Sexista Pamonha vai enfiar Ben 10 no cérebro do pequeno.

E se a menina quisesse brincar de Bakugan?

Quais são as provas de que ela cresceria e se tornaria um cidadão pior? Na verdade, já li muitos estudiosos dizendo que a brincadeira clássica de “casinha” tende a formar mulheres dependentes de força masculina.
Tenho a impressão de que as pessoas seguem isso “porque é assim”.
É, humanidade... Vocês vão acabar todos apanhando do Shun.

Homem pegador


Como diria Gabriel, o Pensador: “O seu prato preferido é a Costela de Adão”.
Os garotos são treinados, como lobos, a tratar as mulheres como se fossem ovelhas. Existe toda uma conversa de status baseado em relações “afetivas” com as mulheres. Funciona de uma forma bem simples:

“Não pegou, é bicha.”

A criança passa a levar esse ideal para toda a vida. Ou seja, machismo. Citando Gabriel novamente: “E isso vem desde o berçário: Se você não azarar a enfermeira boa, vai crescer otário.”

Mulheres e seu príncipe encantado


Apesar de eu já ter dito algo aqui, muitas meninas são criadas para idealizarem um homem que se molde em suas preferências. O resultado disso é a filosofia “homem não presta”. Com certeza, essa filosofia vem da frustração de descobrir que seu príncipe nunca existiu, e que procurava características de um príncipe encantado em um homem que não as possui. Dessa forma, a mulher cresce se alimentando de uma ilusão que vai machucá-la bastante no futuro.
É que nem aquele velho que faz presentes com mão-de-obra escrava de duendes, no Pólo Norte... Não existe!
Existem homens legais, existem homens idiotas. Generalizar é um ato muito precipitado.

Cabelos longos


As pessoas possuem algum problema com cabelos. Não só com cabelos, mas com fisionomia. Elas resolvem classificar as pessoas como “cara de homem” ou “cara de mulher”. Sejamos sinceros, os cabeludos já foram mais comuns, porém o preconceito era muito maior. Um amigo meu me falou sobre um cara cabeludo que resolveu contratar apenas cabeludos para sua empresa. A iniciativa do cara foi genial.

Sejamos sinceros: As mulheres foram criadas para gostarem dos homens que protagonizam comercial de creme de barbear. Um Sexista Pamonha contrata homens “bem arrumados”, ou seja, com cabelos curtos.

Bem arrumados... Cabelos curtos... Bem arrumados... Cabelos curtos. Eu devia chamar isso de hipnose.

Homem não chora


Acreditava-se que segurar o choro representava masculinidade e força. Um homem que chorava não era digno de confiança e era desonrado.

Hoje em dia, um menino que chora não é macho.

Dados científicos comprovam que 75% dos homens se sentem bem após chorar. Não vou explicar timtim por timtim, mas funciona assim: Você chora, externalizando algumas substâncias que causam estresse. Além disso, quando você chora, liberam substâncias que funcionam de maneira anestésica.

Além disso, reprimir o choro pode causar quadros variados de depressão, assim como uma série de doenças psicossomáticas. Úlcera, gastrite, pressão alta... Talvez até explosões nucleares sejam causadas por reprimir o choro.
Chorar é um ato natural do ser humano. O homem é o único animal que chora. Tal choro funciona como método de defesa, ou para demonstrar sentimentos variados.

Quer dizer que quando um menino chora, ele não é um homem?


Pirralho sem honra...

Existem mais regras sexistas, mas fica pra um outro dia.

Até semana que vem! Não morram até lá!
Nenhuma das imagens é de minha autoria.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Rótulos Escolares



Escola é uma coisa muito escrota.

É sério, é escroto mesmo. Eu gostava de algumas coisas da escola, mas havia regras e outros fatores que me despertavam certa indignação. Mas também, com certeza muitos professores ficavam indignados comigo, então era uma balança equilibrada.
Originalmente, escola era um lugar para poucos. Primeiramente, era muito ligado à religião, depois virou algo exclusivamente masculino (as meninas ficavam aprendendo a fazer tricô). Logo depois, virou algo para as classes mais abastadas.
Aí a ciência disse “Tá, agora libera isso para todos, porque eu quero conhecer todo mundo!”.
E então surgiu a escola onde você repetiu o ano.


Digo, estudou.

Nenhuma escola é igual à outra. Algumas são horrorosas, mas agradáveis, enquanto outras são ao contrário. Ainda existem as horrorosas extremas.
Não, nunca existirá a escola perfeita, com chocolate e granulado por cima.

Acontece que graças a isso, nota-se que alguns grupos, rótulos e clichês entram no assunto escola. Vejamos alguns.
  
Ônibus amaldiçoado


Esse clichê existe apenas para quem já foi aluno de escolas da rede pública. Você estuda em uma escola assim? Legal, você ganhou um RioCard! Aquela coisa laranja, com a foto que deforma o seu rosto, conseguindo piorar uma foto 3x4.
Então você veste seu uniforme e vai para o ponto de ônibus. Dá sinal e...


O ônibus passa por você como se fosse uma tourada inversa.
Você fica lá e não desiste, afinal você não pode mais faltar às aulas de Filosofia, senão vai ser reprovado por falta. Aí um ônibus para, você entra e acontecem uma das três coisas

Seu cartão dá defeito
O motorista manda você ficar na frente
“RioCard? Você estuda num sábado? Não, desce...”

Se você é ou já foi aluno do Pedro II, entenderá essa última.

Guardinha maroto

Graças ao sistema rodoviário escroto, você chega atrasado. Ah, tudo bem, você acordou meia hora depois do horário normal, isso também conta.
Então você chegou tarde demais para a aula de Filosofia da Maria Creusa. Esforço em vão...


Mas não com a ajuda do guardinha maroto! Ele irá dizer “Vai logo, vou abrir o portão rapidinho”, ou “De novo, cara? Vem, vem logo... Essa é a última vez, hein... Se eu fizer isso de novo, o diretor vai reclamar.”

Professor Zarabatana


Você está quase repetindo por excesso de faltas em Filosofia. Quem dá aula de filosofia é Maria Creusa, um Professor Zarabatana.
Ela dispara tranqüilizantes pela boca. O tranqüilizante é de via sonora. Você cai, deixando a mesa com alguns mililitros de saliva. Existem dois subtipos de Professor Zarabatana: O que não se importa com isso, e o que faz um drama e ironiza com “Juquinha, alguma dúvida?”. Aí você acorda e está a turma inteira olhando pra você. Ou então você acorda e não vê ninguém acordado, a não ser o professor.

Louco que dá aula


Um Louco que dá aula é aquele cara que chega à sua turma e conta alguma piada imbecil o suficiente pra você rir. Passa a matéria no quadro, transformando todas as mínimas coisas em piadas. De vez em quando, pára de dar aula para falar sobre filosofia de vida, desenho animado ou sexo.
Já tive um professor de história que começou a contar sobre como tinha sido sua viagem para Buenos Aires, outro que contava sobre lubrificação no ato sexual e... Vocês entenderam.

  
Professor Fallen Angel


Entra na sala como um tufão, sem dar um “bom dia”. Sério. Rígido. Sem senso de humor. Expressão de poucos amigos. Humilha quem atrapalha suas aulas. Não se importa com quem não presta atenção em suas aulas. Elabora provas cabalísticas, trabalhos complicados. Sorri apenas para falar mal de alguma coisa. Muito mal escreve algo no quadro. Dita textos escabrosos
E, apesar de tudo, você o considera como um dos melhores professores que já teve em sua vida.
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Professor Imaginário


- Gente! Vamos prestar atenção na aula? Gente, eu quero falar sozinho! Pessoal, quietos, por favor! Vamos começar? Lucas, pare de andar pela sala! Pessoal? Ah, que bom Danilo, só ficou você na minha aula...

- Hã? Ah, eu tava dormindo.

Professor Mãe


Ele sabe o seu nome. Alguns sabem até mesmo seu sobrenome. Sabem seu aniversário. Consideram a turma como uma família. A turma faz festa surpresa no dia do seu aniversário. Senta e conversa pessoalmente com cada aluno, de vez em quando. Esforçado, faz mil e uma coisas para o pessoal prestar atenção em sua aula e se dedicar.
O Professor Mãe chora na formatura e mantém contato com alunos de anos atrás, que voltam para serem estagiários.

Anta Dedicada


Feições delicadas, rosto encantador, olhos sensuais, cabelo bem cuidado, corpo perfeito.



Acima de tudo, muito, muito, mas muito burra. Burra, porém esperta. Burra, porém extremamente dedicada.
Sabendo que sua inteligência é a mesma de um hipopótamo com epilepsia, a Anta Dedicada estuda como uma louca. Decora os fatos, faz resumos infinitos sobre a matéria e tira milhões de dúvidas com o professor (algumas que desafiam o estômago dos outros alunos, como “Porque sentido horário é chamado desse jeito?”).
A Anta Dedicada tira uma nota um pouco acima da média e muitas vezes uma nota maior que a sua.
Isso me faz pensar que a escola não mede a sua inteligência. Conclusão interessante, essa...

Nerd Comunitário


Ele é um gênio! Sabe tudo sobre todas as matérias. Tira notas que desafiam o tempo-espaço. Sabe tudo sobre tempo-espaço! Você se pergunta como o cérebro dele ainda não foi retirado para servir de esponja.
Apesar disso, é muito legal! Tão solidário que dá aula para as pessoas que não sabem o que é Lei de Hess! O Nerd Comunitário é tão legal que ensina uma matéria que não sabe para outra pessoa. No dia da prova, explica a matéria toda para cinco pessoas ao mesmo tempo, tirando dúvidas. 

Vegetal


Você não se lembra de ter visto o rosto dele. Você chega à sua sala, ele está dormindo. No recreio, dorme na sala. Quando acordado, está olhando pela janela. O mundo não existe para ele. Quando o professor pergunta algo para o Vegetal, ele dirá “O quê?”. A resposta é válida para qualquer um que pergunte algo para ele. Você ao menos sabe o nome dele!
Alguns Vegetais, após o término do ano letivo, simplesmente somem. Aí você tem a certeza de que ele voltou para o planeta dele, pois a pesquisa que ele fazia sobre a humanidade foi concluída.

Cabeludo


Chega ouvindo alguma coisa em seu aparelho de mp3. Ele tira o fone do ouvido, e você ouve “TAM RAM TAM TAM TAAAM”. Senta em algum canto deslocado da sala, e presta atenção em todas as aulas. Em aulas de Geografia ou História, tira dúvidas fantasmagóricas com os professores, discutindo e questionando sobre assuntos que deixam o professor assustado, porém feliz. Os outros alunos olham para ele com medo de ser fulminado por seus cabelos longos e sua mochila com uma costura do Metallica.

Casal Retardado Opcional


Começaram a namorar na escola. Ele faz de tudo para estudar na mesma sala da namorada. Faz trabalhos em dupla com ela. Ela escreve coisas no quadro para ele. Entregam flores no meio da aula no dia do aniversário.
Terminam o namoro. Fazem de tudo para estudarem em salas diferentes. Não conseguem, cada um senta em um canto. Não tem amigos na sala e descobrem tarde demais.
   
Bondes


Isso é da época do meu Ensino Médio. As meninas e meninos se agrupavam, se chamando por codinomes de conotação duvidosa. Era como “Bonde das Tidas”. Logo, se a menina se chamasse Patrícia, seria conhecida como PatiTida. A Larissa seria a LariTida. A Janaína seria a JanaTida.

Vocês também se lembram de Power Ranger quando pensam nisso, ou sou apenas eu?
Só para constar, não precisa ter o nome “Bonde” para ser um. Você pode ter um grupinho, uma espécie de “círculo de confiança’, onde você se sente mais poderoso e mais seguro. Obviamente, a reação com quem é “de fora” é de exclusão e pseudo- desprezo. É uma espécie de agorafobia misturada com xenofobia e megazords

Explosões


Bombinhas, cabeções de nego, malvinas, estalinhos, bombas caseiras, Coquetel Molotov, bazucas...
Tudo é motivo pra explosão. Aquela fumaça com cheiro característico, as pessoas gritando e inspetores perguntando “QUEM FOI?”.
Sério, porque as pessoas correm tanto dessas coisas, mesmo quando a explosão já aconteceu?




Existem mais clichês de escola, mas fica para outro dia.
Até semana que vem! Não morram até lá!



Nenhuma das imagens é de minha autoria.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Clientes Estúpidos


- Desculpa, senhor, trarei outra...
- AGORA DEIXA! VAI ASSIM MESMO! ESSE LUGAR TEM UM PÉSSIMO ATENDIMENTO!

Trabalhar com pessoas é complicado. É preciso reagir de acordo com a ação do seu interlocutor e prestar o serviço de forma eficaz ao mesmo tempo. Realmente, algumas empresas, restaurantes e redes de supermercado demonstram uma boa vontade enorme em agir de forma tosca com você. Perguntei para algumas pessoas sobre quais são as reclamações em relação a atendimento, e as respostas mais comuns foram as mais previsíveis:

Demora no atendimento
Tratamento agressivo por parte do vendedor
Venda de produto errado

Realmente, esses três fatores são o que impulsionam toda a guerra que existe entre o cliente e o vendedor.



Mas tem cliente que... Meu Deus do céu.


CE é uma sigla para clientes estúpidos. Munidos de seus supostos “direitos do consumidor”, eles tratam o vendedor como se ele fosse um trabalhador compulsório de mina de carvão. Eles existem em qualquer lugar que ofereça um serviço de consumo, e são os usuário de um termo que pessoalmente me irrita:

“Ô Filhinho...”

...


Sério, de onde veio isso? A pessoa não é sua filha, e você obviamente não diz isso como apelido carinhoso. Esse sentimento de falsa superioridade é feito para rebaixar o vendedor, que muitas vezes não está errado, ou cometeu um erro do qual não tem culpa.
Normalmente, esse “Ô Filhinho...” é seguido de “vem cá por favor”, demonstrando uma ironia que esconde a raiva desenfreada do cliente chato. Como diria um professor de Geografia que eu tive:


“Ô filhinho” é o caralho!




Ele quem disse, não eu.
Restaurantes e redes de fast food


Vou começar falando do lugar onde tem mais CE falando “Ô filhinho”.
Em um restaurante, o garçom atende um monte de clientes, equilibra mais prato que malabarista do Beto Carreiro e ainda tem que ouvir idiotice de cliente. Muitas vezes, o pedido vem errado e isso realmente é uma falha do restaurante.

Não do garçom.

Não é ele quem faz a comida. Se você pediu um shumbrega bem passado e veio mal passado, a culpa não é dele. Muito provavelmente ele avisou isso na hora de cozinhar os pedidos. Ele errou, mas a culpa não é dele, e sim dos cozinheiros relapsos. O garçom é tão vítima quanto você. Pois depois dessa algazarra desnecessária, provavelmente o garçom vai ter problemas no restaurante.

Em uma rede de fast food, a coisa é mais frenética. Eu não sei como aqueles atendentes não ficam malucos, atendendo duas ou três filas de clientes chatos ao mesmo tempo. O pagamento vai ser feito no cartão de crédito, e a máquina de pagamento dá defeito. O que acontece em seguida? O CE começa a brigar com o atendente, pois claro, a culpa é dele. A máquina não gostou do sorvete sabor melão e deu defeito. Ou então... O atendente é o Magneto.


Seria legal se ele realmente fosse o Magneto.

Isso são apenas exemplos do que um CE faz quando está com fome e está na rua.

Supermercados

 

Normalmente, aqui os CE agem de forma coletiva. Eles têm a capacidade de descontar sua frustração diária e o aumento do preço do leite na pessoa que está no caixa. Às vezes um produto sem o código de barras é o suficiente para a explosão do Cliente Estúpido, que julga o atendente do caixa como a pessoa mais incompetente do mundo.
É claro, ela retirou o código de barras do produto com sua técnica secreta de atendente de supermercado.
O pior é quando o atendente “faz um absurdo desses”, toda a fila do caixa se revolta, fazendo uma espécie de motim do código de barras! Quem me dera se as pessoas se revoltassem assim com o que realmente importa.

Atualmente as pessoas tem se revoltado contra o que realmente importa lá no Egito.

Hospitais, clínicas, postos de saúde


Não consigo imaginar um paciente de hospital como “Cliente”. Mas, mesmo que sejam, muitos pacientes agem como um CE.
Aqui é onde o CE adquire o incrível poder de ter um diploma de medicina. O médico diz a seu paciente: “Tome esse remédio durante cinco dias, sem falta. Ouviu isso, dona Godofreda? Sem falta!”. A infeliz diz “Sim, dotô! Não sô surda!” e sai do hospital.

Três dias depois, ela para de tomar o remédio, alegando se sentir muito bem.

Mais três dias depois, e ela volta pro hospital, pior do que antes.

“MAS DOTÔ ESSE REMÉDIO NÃO FAZ EFEITO NENHUM!”
...

...

...

É??? O médico pediu para você tomar o remédio todos os cinco dias e você parou no terceiro. “Mas doto, eu já tava si sintindo bem! Pusquê eu vô tomá um remédio se eu já tô boa, santu cristo de deeeeus... Vô procurá otru médico que esse aí tá cum nada.”

...
...
Ninguém é obrigado a saber muito sobre remédios, medicina, doenças, etc. Mas, já que você não sabe sobre isso, porque não confia no que o médico diz? As chances dele estar certo são maiores, eu suponho.

Nutricionistas, endocrinologistas, homeopatas... Esses são alvo de CE, também. Você quer perder 15 kg. Vai a um desses caras, e pede uma dieta para emagrecer. Ele te dá uma receita com um remédio, uma tabela de alimentação correta, recomenda exercícios, te dá aquelas bolinhas homeopáticas, etc. Eles pediram no mínimo duas dessas coisas citadas.
O CE não cumpre isso. Come o que não deve, não vai caminhar porque o clima está nublado... E passam-se quarenta e cinco dias!

“Doto, num perdi uma grama!”.

O coitado do médico diz o óbvio: “Você não deve ter seguido a dieta à risca, não é?”
Mero erro falar uma coisa dessas...

“TÁ DUVIDANU DE MIM DOTÔ!? COMASSIM? NUM VOLTO MAIS NESSE DOTÔ NÃO! DIETA ENGANOSA!”

E então, esse cara vai a um Fast Food, come um sanduíche com novecentas calorias, e reclama como um javali raivoso pelo fato de não ter vindo com uma fatia de bacon. Logo depois, vai ao supermercado comprar pizzas e salgadinhos congelados, e reclama com a moça do caixa que eles estão fora da validade.

Muito obrigado pela preferência, volte sempre ^^.

Nenhuma das imagens é de minha autoria. Kira, peguei essa foto da criança no carrinho de um de seus álbuns no Orkut... Só pra avisar.